quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Os Homens e as suas Máquinas!

O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

A máquina do Presidente

A máquina do Vice-Presidente

As restantes 11 máquinas

Uma frota automóvel no valor de 665.504 EUR para um tribunal de nomeação política, que por esse facto resolveu comprar automóveis de Luxo e Super Luxo para cada um dos 'Juízes' (13).
É o único Tribunal Superior onde os Juízes têm direito a carro como parte da sua remuneração (automóvel para uso pessoal). [A propósito, nestes termos, há obrigatoriedade de retenção em sede de IRS. Será que os senhores juízes se fiscalizam e cumprem, ou ainda não se deram conta?]
A que propósito? Pura ostentação! Ninguém se indigna?! Será normal? Quem é que autorizou este disparate? Como é possível? Isto só na República das Bananas ?!!!!!!!! Direito a viatura para uso pessoal, certo e de acordo com a dignidade das funções exercidas. Que a viatura não seja um 'chaço', DE ACORDO!
É lógico, compreensível. Mas já passa a ser indignidade o Governo sobrecarregar os portugueses em geral e continuar a impor restrições aos seus servidores públicos (já se esqueceram dos anos sem aumentos ou com aumentos sempre abaixo da taxa real de inflação) e ao mesmo tempo comprar justamente as viaturas mais caras de super luxo para os seus apaniguados.
Tanto se fala em crise, em défice orçamental, mas isso serve apenas para sacar mais impostos e impor mais restrições aos desgraçados trabalhadores por conta de outrem que têm de pagar sem poder refilar.
Os Poderosos do Poder dispõem de liberdade total para obterem os maiores benefícios. Metem as mãos nos dinheiros públicos (de todos nós) sem escrúpulos, sem vergonha, sem pudor.
Como pode progredir um País assim, saqueado permanentemente por pessoas que deviam ser as primeiras a darem o exemplo de seriedade? Em quem podemos confiar quando os mais altos responsáveis dão estes exemplos de saque? Temos direito à indignação !!
Tal comportamento por parte do governo é inaceitável, numa democracia que eles tanto apregoam, mas que na prática é a verdadeira DEMOCRACIA DOS PORCOS!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sandwich de rato!

A empresa britânica Premier Food foi multada em 16.821 libras (19.770 euros) depois de um homem ter descoberto um ratinho prensado nas fatias de pão que havia comprado online. 
Stephen Forse estava a preparar sanduíches para os filhos e alguns amigos quando reparou num "objecto escuro incrustado no canto de três ou quatro fatias". 
"De início pensei que a massa não tinha cozinhado bem, mas quando olhei de perto apercebi-me de que o objecto tinha pêlo", descreveu à BBC o residente em Bicester (Inglaterra). 
As autoridades de saúde foram alertadas e recolheram a 'prova do crime', concluindo que se tratava de um rato com a cauda cortada.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Golpista!

Mais uma golpada - Jorge Viegas Vasconcelos despediu-se da ERSE
É uma golpada com muita classe, e os golpeados somos nós....
Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve.
Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.
Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.
Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo:
- Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?».
E eu respondo:
- Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!
E você volta a questionar-me:
- Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?
Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos».
Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE forem mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica. Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a benção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.
Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, e abusivo desavergonhado abocanhar do erário público.
Mas, voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias,
subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. 
E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?». Parece que não.
A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada canga? E tão descarado gozo? Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.

Agora é que são elas!

Lisboa, 22 Set (Lusa) -- A ministra da Educação desvalorizou hoje a polémica em torno do dicionário que contém asneiras e foi recomendado a crianças do primeiro ciclo, lembrando que os dicionários estão disponíveis nas bibliotecas e que este caso deve ser uma excepção.
A edição de hoje do Diário de Notícias revela que há escolas que estão a recomendar um dicionário com palavrões como "c..." (órgão sexual masculino), "c..." (órgão sexual feminino) e "f..." (ato sexual) a alunos do 1.º ciclo.

A coisa já estava feia para o lado da S'tora Bruna, mas pelos vistos vai piorar! Se os putos do 1º ciclo começam a fazer muitas perguntas a respeito das novas palavras incluídas no dicionário, como é que as professoras vão fugir à questão. E nas aulas de educação sexual, será que conseguem falar das coisas fugindo dos nomes que os putos já usam na sua linguagem do dia-a-dia? A partir de que idade é que uma menina deixará de referir-se à sua "pombinha" e passará a tratá-la por "c..."? E o que acontecerá se os rapazes mais malandros começaram a usar a palavra "c......" em vez de pénis nas suas redacções?
Isto não passa de mais uma lamentável distracção do Ministério da Educação, mas dá bem ideia do desmando em que andam as coisas lá por Lisboa. Quando as coisas começam a ir por este caminho, só acabam no fundo do buraco. Não é só a economia que vai mal neste país... como se pode ver!

sábado, 18 de setembro de 2010

E tu, de que és inocente?

Os seis condenados da Casa Pia vêm engrossar a chorosa lista de inocentes de que, como se sabe, estão cheios tribunais e cadeias de todo o Mundo.

Até ver, e dependendo do resto do processo, a principal diferença entre os inocentes da Casa Pia e alguns dos outros inocentes (assassinos, violadores, assaltantes) é que estes não aparecem nas TVs a fazer queixa dos juízes aos Ex. mos Srs. Telespectadores nem a sua condenação (por crimes que, obviamente, nenhum deles cometeu) faz "aterrar" sobre a Justiça o apocalíptico Reino das Trevas (ou, ainda pior, das "Trêvas").

Como os demais "inocentes", os da Casa Pia irão "até ao fim" do Universo, da Física e da Metafísica para obter a condenação dos juízes que os condenaram e, se não for pedir muito, das vítimas que lhes "fizeram mal".

Ora quis o acaso objectivo que, no mesmo dia da sentença da Casa Pia, passasse na RTP um filme em que, a certa altura, John Turturro é metido na cela onde está Schwarzenegger e faz as apresentações perguntando imediatamente: "E tu? Estás aqui inocente de quê?".

In JN por Manuel António Pina

domingo, 12 de setembro de 2010

Sem palavras!

Tal como aconteceu com o video do Valdemar, o código não cola!
Mais tarde voltarei a tentar para ver se resolvo o problema.
Entretanto vão clicando no link que o resultado é o mesmo.

http://www.youtube.com/watch?v=HbBjOs8gE5w

Eu avisei!

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social reprovou hoje a mediatização conferida a Carlos Cruz pela generalidade dos órgãos de comunicação social, em particular a RTP por esta lhe ter concedido "lugar de especial destaque, e mesmo protagonismo".
Em comunicado, o Conselho Regulador da ERC afirma estar preocupado com a situação, reprovando a mediatização conferida assim como o protagonismo dado pela RTP em pelo menos três dos seus programas de informação.
"Sem colocar em causa os princípios consagrados na Constituição e na Lei sobre a liberdade de imprensa -- antes os reafirmando --, o Conselho Regulador recorda as especiais responsabilidades do serviço público de televisão no cumprimento dos princípios éticos e deontológicos do jornalismo e no respeito pelas decisões dos tribunais num Estado de Direito", lê-se no documento.

sábado, 11 de setembro de 2010

O Freepot ainda mexe!

Esta é uma notícia antiga (LICÍNIO LIMA - 25 Abril 2007 no DN), mas, tomando em consideração o que se passou esta semana com a equipa de procuradores que investiga e tem a seu cargo este caso, vale a pena recordá-la.
»»»»»» o ««««««
Zeferino Boal, militante do CDS/PP e candidato à presidência da Câmara de Alcochete nas últimas eleições autárquicas, é o autor da denúncia anónima que originou a investigação da Polícia Judiciária (PJ) em volta do caso Freeport, em 2004. José Sócrates é apontado neste processo como estando envolvido na alteração, em 2002, da Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo (ZPE), enquanto ministro do Ambiente, permitindo a construção daquele empreendimento de Alcochete. Em troca, o PS teria recebido dinheiro para subsidiar a campanha eleitoral para as legislativas daquele ano.
»»»»»» o ««««««
Foi assim que tudo começou. Mas o que ninguém sabe é como irá acabar. Rolam cabeças sem ficarmos a saber se são dos culpados ou de inocentes. Será que desta vez o inquérito que o Procurador Geral mandou instaurar vai chegar a alguma conclusão que se entenda?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Carta aberta a Lobo Antunes!

Ao longo dos anos fomos formando uma ideia do médico, função que exerceu em campanha, depois do cidadão e escritor António Lobo Antunes.
Mais Memoria de Elefante menos Memória de Elefante mais Cu de Judas menos Cu de Judas, o livro que nos tocou não foi seu, foi de suas filhas e transcreve as cartas que escreveu a sua mulher, algures das terras do fim do Mundo, em Angola, onde uma guerra marcava a sua juventude.
As cartas são dignas e escritas com honestidade, por um jovem médico que não pelo escritor António Lobo Antunes, de hoje, em que a idade vai pesando, e os factos da juventude vão surgindo menos claros, romanceados e ficcionados.
A leitura daquele livro levou-nos a convidar o reconhecido escritor para proferir a oração que anualmente uma distinta figura do nosso tempo faz na sala do capítulo no Mosteiro da Batalha, no dia do Combatente, a 9 de Abril.
Após conversa pessoal onde foi possível auscultar a sua admiração por diversos militares que ao longo da sua vida consigo conviveram e transmitida a finalidade da intervenção, o convite foi aceite. O discurso na sala do capítulo em Abril de 2007 foi proferido por António Lobo Antunes.
Foi uma intervenção oral, não escrita, à altura de uma grande figura da literatura portuguesa.
Depois de lermos afirmações suas, referentes ao comportamento dos portugueses em África, colocámos esta sua frase no site da Liga dos Combatentes: - “na guerra é necessária muita coragem e essa os soldados portugueses tinham”
Fomos entretanto recentemente surpreendidos por envio de e-mails e comentários altamente negativos, por parte de combatentes idóneos, referentes a eventuais declarações suas, proferidas em entrevista publicada, que se não coadunam com a imagem que entretanto fomos formando acerca de como encarou a situação de guerra vivida.
As reacções de combatentes a essas afirmações são inúmeras, na internet e não só, exigindo -lhe que se retrate.
Conhecedor do ambiente operacional em Angola, o que lemos deixou-nos surpreso e incrédulo.
Terá afirmado segundo o entrevistador:
“«Eu tinha talento para matar e para morrer. No meu batalhão éramos seiscentos militares e tivemos cento e cinquenta baixas. Era uma violência indescritível para meninos de vinte e um, vinte e dois ou vinte e três anos que matavam e depois choravam pela gente que morrera. Eu estava numa zona onde havia muitos combates e para poder mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos. Uma arma apreendida ao inimigo valia uns pontos, um prisioneiro ou um inimigo morto outros tantos pontos. E para podermos mudar, fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres, homens. Tudo contava, e como quando estavammortos valiam mais pontos, então não fazíamos prisioneiros»."
A um médico nunca ninguém pediu ou ordenou que tivesse talento para matar ou para morrer, Deram-lhe sim a missão que exigia de si, talento para salvar vidas. Dos seus homens ou do inimigo.
Afirma que o seu batalhão teve cento e cinquenta baixas.
O seu batalhão esteve numa zona operacional mas de confrontos esporádicos com o inimigo, Mesmo em zonas de actividade mais intensa do inimigo, não temos conhecimento que algum batalhão em Angola tivesse tido esse número de baixas, mesmo considerando o significado que tal palavra normalmente encerra: mortos, mais feridos, mais evacuados por doença. A não ser que por baixas, entenda o número de consultas que deu…
“Matavam e depois choravam a gente que morrera”
Senhor Doutor António Lobo Antunes, o senhor viu algum dos soldados do seu Batalhão matar alguém?
Viu alguém chorar por ter morto alguém?
Um dia escrevi sobre o inimigo: “ O inimigo não se vê, sempre que pode atira”. E nós atirávamos geralmente sobre um inimigo que não se via!...
Em combate morre-se de ambos os lados! A maior parte das vezes. em guerra de guerrilhas,, sem saber bem como.
Choraram certamente os camaradas que caíram a seu lado. Mas felizmente não tantos como o senhor afirmaterem caído no seu batalhão.
Seguidamente as afirmações são insultuosas, completamente fora te todo o conceito estratégico e filosofia humanista com que se tentou fazer a guerra, durante os treze anos que durou.
Deixa, para além disso, bem mal colocados os militares que serviram com dedicação e espírito de sacrifício, a missão que lhes foi atribuída, quer no seu Batalhão, quer no resto de Angola, entre eles o seu amigo Melo Antunes.
De facto, afirmar que “para mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos” e “para mudar fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres e homens” ou “ mortos valiam mais pontos, então não fazíamos prisioneiros”, embora use a primeira pessoa do plural, é ter estado sempre, como acontece a qualquer elemento do serviço de saúde, fora da conduta da guerra.
Para quem esteve em Angola, na guerra, estas expressões ofendem.
Nunca, em Angola, nenhum Batalhão mudou de situação, quer para situações mais calmas quer para situações mais difíceis, como as de reserva de comandos superiores, com base em tais critérios, nem nunca ninguém matou na guerra em Angola, com essa finalidade.
Afirmar “Matar para fazer mais pontos e por isso não fazer prisioneiros”, é maquiavélico, ficção ou necessidade de apoios de sectores de si afastados, ou de conquista de alguém ou de alguma coisa ainda não conquistada.
O senhor, nos seus livros e entrevistas é forte, real e chocante. Revela humanidade, sensibilidade e espírito profundo.
Não necessita de usar formas deturpadoras de uma realidade que o senhor sabe não ter vivido, agredindo a memória dos mortos em tal guerra e a memória dos vivos que conheceram a guerra certamente melhor que o senhor e reprovam, negam e repudiam afirmações como as que foram apresentadas.
Mesmo a ficção é ridícula e perigosa, quando usa desta forma uma hipotética realidade que acaba por se transformar em realidade histórica face à força de quem a usa. A frontalidade e o chocante acabam por apoiar-se em pés de barro que não conduzem o utilizador de tais formas a bom porto.
Em 21 de Agosto de 2010, vimos com curiosidade anunciadas umas férias em Tomar, por parte de António Lobo Antunes onde abordaria o tema “as minhas memórias de jovem militar”
Ficámos expectantes e pensando que tal entrevista seria um esclarecimento das afirmações acima referidas.
Curiosos, a 22 de Agosto consultámos o site da Lusa e verificámos que a sessão se não tinha realizado por ausência de ALA, alegando falta de condições de segurança.
Em declarações posteriores esclareceu que não teria sido aquela a finalidade da ida a Tomar, nem esta a razão da não presença.
Segundo declarações recentes, as afirmações da entrevista, no livro publicado, terão sido mal interpretadas. Considerando que é no meio dos combatentes que deveria esclarecer o que terá dito ou escrito, venho junto de Vª Exª sugerir duas coisas:
1. Que nos faça chegar a síntese escrita da sua intervenção, no Dia do Combatente, no ano de 2007, na Batalha, conforme prometido. 
2. Que utilize o espaço da nossa revista ou do nosso site, para esclarecer, confirmar, negar ou dar a sua interpretação sobre as afirmações que terá produzido na referida entrevista e, se assim o desejar, expressar mesmo as suas “memórias de jovem militar”
Convencidos de que assim contribuímos para o esclarecimento de uma situação que consideramos grave, criada por Vª Ex^, no seio dos combatentes que dela tiveram conhecimento, subscrevemo-nos atenciosamente,
 www.portugalclub.org
O Presidente da Liga dos Combatentes
Gen Joaquim Chito Rodrigues.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Bocas do MST!

Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê: 
- É sempre assim, esta auto-estrada? 
- Assim, como? 
- Deserta, magnífica, sem trânsito? 
- É, é sempre assim. 
- Todos os dias? 
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente. 
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram? 
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto. 
- E têm mais auto-estradas destas? 
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me. 
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões? 
- Porque assim não pagam portagem. 
- E porque são quase todos espanhóis? 
- Vêm trazer-nos comida. 
- Mas vocês não têm agricultura? 
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável. 
- Mas para os espanhóis é? 
- Pelos vistos... 
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga: 
- Mas porque não investem antes no comboio? 
- Investimos, mas não resultou. 
- Não resultou, como? 
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou. 
- Mas porquê? 
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos. 
- E gastaram nisso uma fortuna? 
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos... 
- Estás a brincar comigo! 
- Não, estou a falar a sério! 
- E o que fizeram a esses incompetentes? 
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro. 
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo? 
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km. 
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não. 
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto? 
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações. 
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa? 
- Isso mesmo. 
- E como entra em Lisboa? 
- Por uma nova ponte que vão fazer. 
- Uma ponte ferroviária? 
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa. 
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros! 
- Pois é. 
- E, então? 
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim. 
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la. 
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta... 
- Não, não vai ter. 
- Não vai? Então, vai ser uma ruína! 
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar. 
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras? 
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa! 
- E vocês não despedem o Governo? 
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo... 
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro? 
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade. 
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia? 
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV. 
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter? 
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade. 
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás: 
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê? 
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa. 
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo? 
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado. 
- Não me pareceu nada... 
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP. 
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível? 
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido. 
- E tu acreditas nisso? 
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo? 
- Um lago enorme! Extraordinário! 
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa. 
- Ena! Deve produzir energia para meio país! 
- Praticamente zero. 
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber! 
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha. 
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso? 
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais. 
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada? 
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor. 
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente: 
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos? 
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez. 
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou: 
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Concorrência a quanto obrigas!

E ainda se pensa que os Professores e os Funcionários Públicos é que ganham bem! E estes gajos ... não são funcionários públicos?
Tratando-se de uma empresa pública e sendo a RTP sustentada pelos nossos impostos, interessante seria comparar estes salários com os praticados na SIC e TVI, empresas privadas.
Judite de Sousa  - 14.720 €
José Alberto de Carvalho - 15.999 €
José Rodrigues dos Santos - 14.644 €, o dobro do que recebe o primeiro-ministro José Sócrates e muito mais que o Presidente da República.
José Alberto Carvalho tem como vencimento ilíquido e sem contar com as ajudas de custos a quantia de 15.999 € por mês, como director de informação. 
A directora-adjunta. Judite de Sousa, 14.720 € .
José Rodrigues dos Santos recebe como pivôt 14.644 € por mês. 
O director-adjunto do Porto, Carlos Daniel aufere 10.188 € brutos, remunerações estas que não contemplam ajudas de custos, viaturas Audi de serviço e mais o cartão de combustíveis Frota Galp. 
De salientar que o Presidente da República recebe mensalmente o salário ilíquido de 10.381 € e o primeiro-ministro José Sócrates recebe 7.786 €.
Outros escândalos:
Director de Programas, José Fragoso: 12.836 €
Directora de Produção, Maria José Nunes: 10.594 €
Pivôt João Adelino Faria: 9.736 €
Director Financeiro, Teixeira de Bastos: 8.500 €
Director de Compras, Pedro Reis: 5.200 €
Director do Gabinete Institucional (?), Afonso Rato: 4.000 €
Paulo Dentinho, jornalista: 5.330 €