sábado, 12 de fevereiro de 2011

Folha salarial da «Fundação Cidade de Guimarães»!

Folha salarial (da responsabilidade da Câmara Municipal) dos administradores e de outras figuras", da Fundação Cidade de Guimarães, criada para a Capital da Cultura 2012.
- Cristina Azevedo- Presidente do Conselho de Administração: 14.300 € (2 860 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 500 € por reunião.
- Carla Morais- Administradora Executiva: 12.500 € (2 500 contos) mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião.
- João B. Serra- Administrador Executivo: 12.500 € mensais + Carro + Telemóvel + 300 € por reunião 
- Manuel Alves Monteiro- Vogal Executivo: 2.000 € mensais + 300 € por reunião.
Todos os 15 componentes do Conselho Geral, de entre os quais se destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Diogo Freitas do Amarale Eduardo Lourenço, recebem 300 € por reunião, à excepção do Presidente (Jorge Sampaio) que recebe 500 €.
Em resumo: 1,3 milhões de Euros por ano, em salários. Como a Fundação vai manter-se em funções até finais de 2015, as despesas com pessoal deverão ser de quase 8 milhões de Euros !!! 
Reparem bem - Administradores ganhando mais do que o PR e o PM ! 
Esta obscenidade acontece numa região, como a do Vale do Ave, onde o desemprego ronda os 15 % !!! 
Alguém acredita em leis anti-corrupção feitas por corruptos?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A "Nova" Língua Portuguesa!

Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos "afro-americanos", com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado 
As criadas dos anos 70 passaram a "empregadas domésticas" e preparam-se agora para receber a menção de "auxiliares de apoio doméstico" 
De igual modo, extinguiram-se nas escolas os "contínuos" que passaram todos a "auxiliares da acção educativa" 
Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por "delegados de informação médica" 
E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em "técnicos de vendas"
O aborto eufemizou-se em "interrupção voluntária da gravidez" 
Os gangs étnicos são "grupos de jovens" 
Os operários fizeram-se de repente "colaboradores" 
As fábricas, essas, vistas de dentro são 'unidades produtivas'e vistas da estranja são "centros de decisão nacionais" 
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à "iliteracia' galopante" 
Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imprescrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes "Conforto" e "Turística" 
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...» ; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma "família monoparental"...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante
Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas», diz-se modernamente que têm um "comportamento disfuncional hiperactivo" 
Do mesmo modo, e para felicidade dos 'encarregados de educação' , os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, "crianças de desenvolvimento instável" 
Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado "invisual". O termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos - mas o "politicamente correcto" marimba-se para as regras gramaticais...
As putas passaram a ser "senhoras de alterne" 
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em "implementações", "posturas pró-activas", "políticas fracturantes" e outros barbarismos da linguagem 
E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico 
Estamos lixados com este "novo português" e não admira que os portugueses tenham cada vez mais esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz, de forma politicamente correcta
E falta ainda esclarecer que os tradicionais anões estão em vias de passar a "cidadãos verticalmente desfavorecidos" 
Os idiotas e imbecis passam a designar-se por "indivíduos com atitude não vinculativa" 
Os pretos passaram a ser "pessoas de cor" 
O mongolismo passou a designar-se "síndroma do cromossoma 21" 
Os gordos e os magros passaram a ser "pessoas com disfunção alimentar" 
Os mentirosos passam a ser "pessoas com muita imaginação" 
Os que fazem desfalques nas empresas e são descobertos são "pessoas com grande visão empresarial mas que estão rodeados de invejosos" 
Para autarcas e políticos, afirmar que "eu tenho impunidade judicial", foi substituído por "estar de consciência tranquila" 
O conceito de corrupção organizada foi substituído pela palavra "sistema" 
Difícil, dramático, desastroso, congestionado, problemático, etc., passou a ser sinónimo de "complicado"

A ladroeira continua!

O Presidente do Conselho de Administração dos CTT, Estanislau Mata da Costa - que se demitiu no final de Novembro de 2010 - sem ter terminado o mandato - recebeu, durante cerca de dois anos, dois vencimentos em simultâneo: um pelo cargo nesta empresa, de cerca de 15 mil euros, e outro correspondente às suas anteriores funções na PT, de 23 mil euros. E isto apesar de ter suspendido o vínculo laboral com a PT.
A descoberta foi feita pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF), na sequência de uma auditoria realizada após denúncias da comissão de trabalhadores dos CTT sobre actos de alegada má gestão na empresa. O Conselho de Administração da empresa terá recebido o relatório preliminar desta auditoria no dia 29. A demissão de Mata da Costa foi anunciada no dia seguinte e justificada pelo próprio com «razões exclusivamente do foro pessoal e familiar».
A IGF classifica esta acumulação de vencimentos por parte de Mata da Costa - num valor mensal de cerca de 40 mil euros (ao todo, um milhão e 575,6 mil euros recebidos entre Junho de 2005 e Agosto de 2007) - como «eticamente reprovável, ainda que possível do ponto de vista legal». Ainda assim, a IGF decidiu encaminhar o caso para a Procuradoria-Geral da República, por ter «dúvidas quanto à legalidade» da situação.
Segundo o relatório preliminar da IGF, Mata da Costa, que era quadro da PT, foi nomeado para presidir aos CTT em Junho de 2005. Mas, em vez de se desligar desta empresa, fez um acordo de «suspensão do contrato de trabalho, embora estranhamente sem perda de remuneração».