O que fará com que um homem como o Pacheco Pereira, em tempos filiado no PCP, milite nas fileiras do PSD e esteja de acordo com as políticas postas em prática por este partido na actualidade?
Quem souber que responda, pois eu não faço a mínima ideia.
Pelo contrário, entendo a viragem feita pelo Durão Barroso que na sua juventude foi militante do MRPP e agora é dos sociais-democratas mais direitista que eu conheço. Era moda ser comunista, ou de esquerda, enquanto durava a vida de estudante de qualquer jovem português da idade deste nosso político e actual líder da Comissão Europeia.
O Pacheco Pereira é formado em Filosofia, a tal ciência que dá a cada um o direito de ser como é e dizer o que lhe apetece sem que lhe possam apontar o dedo. Um conceito filosófico é único na cabeça de cada um, tal como como cada pessoa é diversa de todas as outras que habitam o planeta.
Karl Marx também era filósofo, o maior de todos, segundo alguns críticos da especialidade e deixou um vasto legado de obras sobre o assunto. Mas esse foi comunista desde pequenino e assim teve a coragem de se manter até à hora da sua morte. Mais comunista nas suas teorias do que na vida prática, conforme é apontado por alguns críticos da sua vida e obra.
Cada vez que me esbarro com a imagem de Pacheco Pereira, seja na televisão ou nos jornais (pessoalmente nunca me cruzei com ele nem faço questão que isso venha a acontecer), fico a pensar se o homem não terá uma panca pelo velho comunista Karl Marx. É que existe uma certa parecença entre eles e o cuidado que ele põe na barba e cabelo leva-me a pensar que ele deseja que nós, aqueles em cima de quem descarrega as suas teses filosóficas, o relacionemos com o outro.
Isto, se calhar, sou eu que não tenho nada mais importante em que pensar, mas também me assiste o direito de expressar os conceitos e ideias por que se rege a minha vida. A Filosofia é isso mesmo. Em conclusão, são tão filósofo como eles os dois!